Dezenas gritam "não à privatização dos CTT"

Arménio Carlos criticou o "uso" da PSP pelo Governo como "corpo de intervenção para controlar piquetes anti greve" durante a manifestação dos trabalhadores dos CTT nos Restauradores, em Lisboa, na tarde desta sexta-feira
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O secretário-geral da CGTP apareceu pelas 15.15 na concentração de dezenas de trabalhadores dos CTT junto à estação dos correios da praça dos Restauradores, em Lisboa. Arménio Carlos criticou a intervenção da PSP na madrugada de sexta-feira, no centro de distribuição da empresa em Cabo Ruivo: "O Governo decidiu que a PSP é o corpo de intervenção para controlar piquetes anti greve. Não pode ser!".

A justificação da intervenção policial, para permitir a saída dos primeiros camiões depois do início da greve, não colhe, para Arménio Carlos: "A intervenção da polícia foi extemporânea e inadeaquada que acabou por empurrar todas as pessoas que estavam à frente não olhando a meios para atingir os fins."

Sob o som de fundo de dezenas de trabalhadores dos CTT que gritavam contra a privatização da empresa, o secretário-geral da CGTP afirmou ainda que o Governo "está a ficar preocupado com as greves e a indignação geral contra a sua política, essa sim geradora de violência contra nós".

Em declarações ao DN, José Oliveira, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e das Telecomunicações (SNTCT), criticou o processo "nebuloso" de privatização da empresa. "Porque é que se decide vender uma parte da empresa por ajuste direto e de repente se decide que será antes por dispersão em bolsa? Sabendo nós que a dispersão em bolsa acaba por resultar em concentração em bolsa. Significa que as pessoas, mais dia menos dia, serão obrigadas a vender as suas ações com o mínimo de lucro".

Dos Restauradores, os trabalhadores dos CTT seguiram para o Ministério das Finanças.

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